"Sunset In Salgado" e "O Ataque Dos Clones"
Regressados do Algarve, encontramos um Oeste invernoso e cinzento.
Escondido da chuva, descanso do fim-de-semana esgotante e da noite mal dormida na aventura campista.
Ao fim da tarde, um copo no Salgado e uns minutos à beira-mar. Voltam, por uns minutos, fios de nostalgia e aquele vazio indefinido, disfarçado pelo ânimo dos amigos de verão e pelo sorriso reconquistado pela Carrie.
Mais tarde, voltamos às noites e à agitação tradicional da terceira semana de Agosto em São Martinho. Calha-me de novo conduzir, mas desta vez divirto-me tanto como todos os que bebem até cair. Danço mais que todos e rio-me com os disparates de todos.
Distraio-me com as nossas gargalhadas, parvoíces, o sorriso dos meus amigos.
Mas não há mais nada. As caras que vejo lavam-me a vista mas perdem o interesse cada vez mais depressa. Porque cada vez há menos novidade. Cada vez mais são todos iguais, vestidos da mesma maneira, arranjados com a mesma pose. Chamamos-lhes agora "Os Clones".
Todos diferentes, todos (muito) iguais.
2 Comments:
Oix,
Na realidade a diferença está em acharmos que todos são iguais, quando não o são, o que nos leva a ditar que somos uns clones uns dos outros é apenas aparência, aquilo que os nossos olhos querem ver…Se olhares com um pouco de mais atenção, mais conhecimento verás o quanto diferentes são os seres que te rodeiam e como te consegue surpreender com essa diferença!
meus caros:
em primeiro lugar: secalhar faltou-me explicar melhor o contexto em que se inserem os "clones"... eu estou de férias em são martinho do porto, onde a minha família passa férias desde sempre... quem não conhece, talvez não saiba que é um destino de férias principalmente para grandes famílias "betinhas" e tal... é um meio um bocado limitado, na medida em que não se encontram muitos tipos de pessoas diferentes... todos se conhecem e todos são de educação muito similar... a minha faixa etária, este ano, está um pouco reduzida por estas bandas, e o que sobra são as centenas de putos que andam por aqui a exibir os seus kits metrosexuais (sem ofensa, sda eheheh) e a sua pose estudada. o que eu noto é que muito poucos têm uma atitude (e claro que quando falo de atitude, o que salta primeiro à vista é a aparência, joshua, tens razão) natural, espontânea. vestem-se todos de igual, eles e elas, são clones uns dos outros. e sendo um meio fechado e pequeno, torna-se muito difícil encontrar pessoas que chamem a atenção pela diferença. principalmente para quem ,como eu, adora os ambientes variados, a mistura de pessoas e estilos... tem a ver com o meu feitio, com os meus gostos, com a minha profissão.
respondendo à tua pergunta, sda:
não acho que devamos tentar forçosamente ser diferentes num mundo de iguais... mas não devemos nunca tentar deixar de ser diferentes só porque os outros são todos iguais.
GRANDE abraço
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