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terça-feira, novembro 28, 2006

Tô Dji Vorta Do Brásiu!

Bater contra uma parede.
È essa a sensação ao sair do conforto do ar condicionado do avião e chocar contra aquela massa de ar quente, húmido e pesado do clima tropical do Nordeste do Brasil.
Durante os primeiros dias ia sentir-me meio zonzo... Demora um bocado a habituarmo-nos a respirar aquele ar pesado e quente.
O percurso entre o Aeroporto de Recife e Porto de Galinhas dura quase uma hora, por paisagem alternada entre o verde dos coqueiros e a miséria do povo. A miséria está sempre lá, mal viramos a esquina que separa o conforto encenado do hotel da realidade de quem a tempo inteiro vive a má sorte de ter nascido nos 90 por cento de Brasileiros que são pobres. Tão perto na distância, como longe na realidade, dos outros 10 por cento de pecaminosamente ricos.
Praia, praia, praia... Mas bronze, nem vê-lo... O sol é tão forte que não aguentamos mais de 10 minutos seguidos debaixo dele. Só nos últimos 2 dias desta semana de férias ia conseguir ganhar uma cor mais... saudável, digamos.
A minha mãe queixa-se de tédio, ficar esparramada na praia ou na piscina horas a fio não é do feitio dela, e ao fim de 3 dias alinhávamos no "City Tour", que nos levou à cidade do Recife e a Olinda.
O Recife é triste, cinzento e feio... Parece uma Costa da Caparica mais extensa e com alguns arranha cèus modernos pelo meio... A única diferença é que na praia há tubarões e por isso nem tomar banho se pode!
Olinda é típica, alegre, cheia de cor.
De volta à vida inerte de praia/piscina, o tempo dá para pensar, pensar demais... O tempo excessivamente livre é, definitivamente, amigo dos meus pensamentos tristes e maus agoiros. Sem mais nada sobre que ponderar ou experenciar, começo a sentir cada ponto do meu corpo e em cada um deles uma doença, dor ou ardor suspeitos. Chamam-lhe hipocondria. Deve ser. De qualquer forma, urge um check-up total para me descansar destes sintomas estranhos que tenho sentido. Alguém me obrigue a levantar o rabo da cadeira e ir fazê-lo, se faz favor!
Depois de mais um dia de praia e ainda um "jeep Safari" meio mixuruca, hora do regresso a Lisboa, juntamente com umas dezenas de Portugueses que não pararam quietos todo o vôo e não nos deixaram dormir, num avião velho demais mesmo para quem, como eu, nunca teve medo de voar.
Não foi a viagem da minha vida, mas também não foi mau.
A próxima será melhor.

1 Comments:

At 4:29 da tarde, Blogger xtatic said...

Desculpem não ter ilustrado o meu post como é habitual...
mas como sabem o blogger tem dias e hoje não consigo adicionar fotos!
Ele há coisas...!

 

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